OS EXUBERANTES ANOS 20 E 30
- Pedro Toigo
- 15 de jun. de 2015
- 2 min de leitura

Como sempre acontece durante os períodos de pesquisa e sondagens, vemos surgir na alta costura tentativas de reminiscências de épocas anteriores. Mas o espírito “harém” das grandes festas suntuosas de antes de 1914 é substituído por assuntos mais próximos: “proust”, 1900, “a Moda de amanhã”. A partir dessas tentativas conseguimos ver na mulher dos anos 20/30 a força feminina, que impõe um posição difícil de vencer.
É característico ver o surgimento de modelos de roupas especialmente estudadas tanto para os deslocamentos como para os esportes. Suas formas são frutos de uma preocupação com o conforto. Em seguida, essas roupas deixam de ser confeccionadas exclusivamente pelas casas de “esportes”, assim, vemos a introdução do capricho e da graça no vestuário.
Em 1925 a saia está mais curta, o cós muito baixo e pouco marcado. O traje feminino se caracteriza por um tipo de túnica aberta no pescoço e nos braços, parando um pouco acima do joelho, por cabelos sem cachos e chapéus muito curtos, com cós baixo quase tapando os olhos. Além disso, os sapatos eram muito cavados.
A linha dos vestidos permanece reta; cós baixo e, em torno de 1925, situa-se nos quadris uma saia muito curta que transforma a silhueta.
Contas e paetês revestem os tecidos, assim como joias muito clássicas, “forradas” por inúmeros e sutis diamantes e exuberantes pérolas, como percebe-se na coleção de joias da Tiffany & Co., lançada em 2010/2011 exclusivamente para o filme “The Great Gatsby”.

Logo, de 1925 a 1945 a silhueta reata com o arquétipo feminino de um corpo arqueado cujos busto, cintura e quadril são sublinhados graças ao sutiein e à cinta.
A crise de 29 é acompanhada por um retorno o clacissismo na indumentária. Vestido comprido para a noite, ‘tailleurs’ severos com a saia longuete para o dia, cabelos compridos penteados em coque. No final dos anos 1930, percebemos uso abundante de ombreiras, para reforçar a estrutura das peças.
Comentarios